domingo, 5 de outubro de 2008

A Marmota do Mormaço em Poá



Tudo deu realmente em merda, em muita água pelo ladrão, em uma puta usando "Roberto Cavalli" com um código de barra tatuado na bunda. Tudo bem! Pára de dizer tudo bem, tudo bem uma pinóia! Agora é pecado sangrar. Carpinejar capinou o mato onde se esconde o pedaço de toucinho. Passou a era da invenção, depois do avião é tudo café pequeno. Estamos na fase das frases feitas. Depois do travesti, é tudo puta! É tudo lugar comum, é tudo frase feita, é tudo chavão. Ah, Deus meu! Como detesto a palavra tudo, porque tudo é tudo e nada num só lugar, numa única palavra. Já disse isso? Ora, vão para a caixa prego! Pregar um prego no assento de uma cadeira para nossa querida professorinha sentar e nos ensinar tudo. Ah, meu querido Deus! Como odeio essa palavra! Como odeio as palavras, todas! Sem exceção! Odeio todo o dicionário, odeio tudo! Ah, Deus meu! A nossa querida professorinha de óculos, com uns putos peitões, com umas senhoras pernas, uma senhora bunda, nos ensina a somar, a dividir. Mas no final das contas tudo (Ódio!) estará errado, absolutamente errado. De certo só a punheta com a imagem da professorinha na cabeça, no cabeção do pau! Estão vendo meus queridos!? O que é um autorzinho fazer um atorzinho passar vexame diante de uma platéia, que aparentemente gosta de teatro, que saiu de casa e pagou para ouvir poesia? Essa louca degringolada que foge de qualquer concepção e entra no chão. Um chão profano e popular. Em nosso planetinha há mais poetas que recicladores de lixo. Vão em paz e que a maldita poesia não lhes acompanhem. Reciclem! (Cai o pano).



2 comentários:

Milagro Haack disse...

Mis saludos Cláudio.
Gracias por enviarme tus escritos.
Un gran abrazo desde Valencia donde nación Venezuela.
Siempre Milagro Haack

Malika El Chinay disse...

Caríssimo Cláudio,
Desta vez você se superou. Adorei teu texto! A ironia, a concepção, a belíssima congruência dos desconexos, a escrita instigante como um soco na glote. Bravo!!!!
Aguardo ansiosamente seu próximo texto.
Carinhoso abraço,
Jânia Maria.